Home Livros VISTAS DE CIDADES – CITYSCAPES – LISBOA, PORTO, COIMBRA

Preço – 100 euros

Aguarelas e desenhos de John O’Connor complementados por textos de autores portugueses seleccionados por Maria do Carmo Paço d’Arcos. Edição bilingue (português/inglês).

Livro de arte no formato 24 x 30 cms, 128 páginas, capa cartonada e sobrecapa ilustrada, impresso em papel Stockwell Special 160 grs. Edição limitada a 500 exemplares, numerada e assinada pelo artista. Edição Caixa Geral de Depósitos. Ano de edição: 2009.

Introdução

A alma das cidades

Há em cada cidade uma alma única, que vive sobretudo nos seus lugares simbólicos, aqueles que persistem no coração, na memória, no tempo, ganhando aquela eternidade que nos toca, efémeros que somos. Foi nesses lugares que o pintor inglês John O’Connor procurou, naturalmente, a alma de três cidades portuguesas, Lisboa, Porto e Coimbra, encontrando-a em praças, ruas e becos, miradouros e jardins, igrejas e monumentos, cafés e quiosques, e no rio que lhes corre no horizonte. Dos encontros nasceram as aguarelas e desenhos reproduzidos neste livro, quase um diário pintado das emoções que as três cidades lhe despertaram no olhar.

Fátima Vieira – Crítica de arte

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Vista Cidades
O Tejo visto de Alfama
Aguarela, 370 x 280 mm

O sentimento dum ocidental
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

Cesário Verde


Névoa sobre o rio
Aguarela, 260 x 360 mm

Linha de terra
Ó meu severo berço de granito!
(Este lembrar-te é um luar do fim?)
Vi os fiords – não valem o teu rio!
O melhor da tua força manda em mim.

A tua fala é um gume leal.
Avulso, o teu sabor independente,
Amigo ou inimigo – uma só fé!
Quando a névoa te cobre – um rosto ausente.

António de Sousa


Nascer do sol no Mondego
Aguarela, 370 x 270 mm

Rasgaram as névoas
Rasgaram as névoas
Que há pouco embrulhavam
As margens lendárias do rio Mondego;
As águas acordam
E ficam pasmadas
Reflectindo o azul da manhã radiante…

Sinto-me tão perto de tudo que é triste
Que os meus olhos sofrem
Com esta alegria – talvez provocante.

Coimbra, serena, mostra o seu contorno
Airosa e gentil – como fascinada
Na luz que é mais viva, difusa, doirada…

António Botto


Sobre os Autores

John O'Connor

John O’Connor nasceu em Londres Estudou na Chelsea School of Art onde foi premiado duas vezes em desenho e graduou-se com distinção no curso de Belas Artes. Seguiram-se dois anos de pós-graduação na Slade School. O trabalho do artista está represen¬tado em várias colecções públicas e privadas em Portugal e na Inglaterra incluindo as Selecções do Reader’s Digest, Grupo Pestana, Hotel da Lapa, Museu da Cidade de Lisboa, Câmara Municipal de Sintra, Victoria and Albert Museum e S.A.R. o Príncipe de Gales.

Maria P'Aço de Arcos

Maria do Carmo Paço d’Arcos nasceu em Lisboa numa família de grandes tradições literárias. Trabalhou na produção de filmes durante muitos anos, dedicando-se hoje à tradução de poetas ingleses e organizando exposições de artes plásticas.

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