CANÇÃO DO MONDEGO – MONDEGO SONG
Preço – 40 euros
Aguarelas e desenhos de John O’Connor complementados por textos de autores portugueses seleccionados por Maria do Carmo Paço d’Arcos. Edição bilingue (português/inglês).
Livro de arte no formato 20 x 27 cms, 65 páginas, capa cartonada e sobrecapa ilustrada. Edição Museu da Água de Coimbra. Ano de edição: 2009. Acompanhado por uma exposição de obras seleccionadas do livro, no Museu da Água de Coimbra.
Introdução
Ao recorrer, com mestria invulgar, à aguarela como suporte para este livro, o autor tem a coragem de admitir – e de nos deixar ver – que o os clássicos nos repousam, nos entregam à languidez de uma contemplação saborosa, nos recentram no que de mais puro pode existir na pintura: retratar o que vemos e oferecermos esse olhar aos outros.
Manuel Carmo – Curador do Museu da Água
Paginas Interiores
Vão as serenas águas
Vão as serenas águas
do Mondego descendo
mansamente, que até o mar não param;
por onde minhas mágoas
pouco a pouco crescendo,
para nunca acabar se começaram.
Luís Vaz de Camões
Cascata
Águas, que penduradas desta altura
Caís sobre os penedos descuidadas,
Onde em branca espuma levantadas
Ofendidas mostrais mais formosura.
Francisco Rodrigues Lobo
Castelo de Monte-Mayor
Acordai,
pedras,
que vos chamo.
Dizei-me
dos segredos e sonhos
das mãos que vos ergueram.
Dessa alta mirada,
de onde olhais para a lonjura,
falai-me
do curvado povo
nos arrozais,
do sereno
ofício do sol,
das lendas
que o Tempo,
em seu lento caminhar,
em vós guardou.
Acordai,
pedras,
que em breve partirei.
Levar-vos-ei comigo
como quem leva um verso
ou uma ave
no olhar.
Xavier Zarco
Sobre os Autores
John O’Connor nasceu em Londres Estudou na Chelsea School of Art onde foi premiado duas vezes em desenho e graduou-se com distinção no curso de Belas Artes. Seguiram-se dois anos de pós-graduação na Slade School. O trabalho do artista está represen¬tado em várias colecções públicas e privadas em Portugal e na Inglaterra incluindo as Selecções do Reader’s Digest, Grupo Pestana, Hotel da Lapa, Museu da Cidade de Lisboa, Câmara Municipal de Sintra, Victoria and Albert Museum e S.A.R. o Príncipe de Gales.
Maria do Carmo Paço d’Arcos nasceu em Lisboa numa família de grandes tradições literárias. Trabalhou na produção de filmes durante muitos anos, dedicando-se hoje à tradução de poetas ingleses e organizando exposições de artes plásticas.
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